Duto de gás de imóvel onde modelo e filha morreram dava para a sala
Modelo e filha de SC são encontradas mortas em apartamento no RJ; VÍDEO O duto de exaustão do aquecedor a gás do apartamento onde morreram a modelo Lidiane ...
Modelo e filha de SC são encontradas mortas em apartamento no RJ; VÍDEO O duto de exaustão do aquecedor a gás do apartamento onde morreram a modelo Lidiane Aline Lorenço, de 33 anos, e a filha dela, Miana Sophya Santos, de 15, terminava dentro da sala — quando deveria sair pela fachada. A unidade também não tinha feito a autovistoria dessas instalações. A Polícia Civil informou que o laudo de necropsia indicou intoxicação por monóxido de carbono (CO) como causa das mortes. Lidiane e Miana foram encontradas sem vida no último dia 10. "Vamos dar continuidade às investigações para apurar eventual responsabilidade pelo vazamento de monóxido de carbono no interior do apartamento", afirmou o delegado Neilson Nogueira, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca). A TV Globo e o g1 apuraram que o imóvel, na Barra da Tijuca, Zona Sudoeste do Rio, passou por reformas que modificaram o projeto original e comprometeram a ventilação e a exaustão dos gases. O documento aponta que parte da varanda foi anexada à sala sem o prolongamento do duto de exaustão, o que fez com que a saída de gases do aquecedor ficasse voltada para o interior do imóvel. Essas alterações favoreceram o acúmulo de CO em diferentes cômodos, incluindo quarto, banheiro e sala. O laudo destaca ainda que o imóvel tinha, originalmente, um boiler elétrico — e não a gás, como instalado atualmente. As irregularidades na instalação de gás foram constatadas na última sexta-feira (17) no dia que a Polícia Civil fez uma perícia complementar no apartamento. “O aquecedor estava instalado de forma completamente irregular e a saída de gás da chaminé é dentro do próprio apartamento”, contou o advogado da família, Rodrigo Moulin. O g1 tenta contato com o proprietário do apartamento e com a administração do condomínio. Foto da perícia mostra saída de gás (no detalhe) pela sala Reprodução O que diz a Naturgy Em nota, a Naturgy disse lamentar o ocorrido. “A companhia reforça que a empresa distribuidora de gás canalizado é responsável por levar o gás, por meio de redes, até o limite da propriedade dos consumidores. Assim como acontece nos demais serviços públicos, como água e luz, a manutenção de aparelhos como fogões e aquecedores e das instalações internas das residências é uma responsabilidade do consumidor”, explicou. “As ramificações internas são de responsabilidade do proprietário, que deverá mantê-las em perfeito estado de conservação”, destacou. Essa obrigação consta do Decreto Estadual 23.317/97 e da Lei Estadual 6.890/2014, que tratam da inspeção periódica de gás, a IPG, válida por 5 anos. No Rio de Janeiro, o prazo para adequação vai até 2026, escalonado por bairros. Hoje, 43 empresas estão habilitadas pelo Inmetro para realização da inspeção e devem ser contratadas diretamente pelo cliente. Lidiane Aline Lorenço e a filha, Miana Sophya Santos Reprodução